Nossos sentimentos-dores
Cada vez mais, os recursos da medicina, suas pesquisas e conquistas vêm
nos trazendo benefícios e facilidades.
As dores de ontem
encontram paliativos antes inexistentes e o incurável de outrora, hoje se
mostra tratável.
Assim, graças a
cientistas e pesquisadores, as dificuldades e as dores, as mazelas e doenças
que afligem nosso corpo vêm sendo minimizadas, quando não extintas.
Porém, há um outro
tipo de dor que esses tratamentos e pesquisas, mesmo novos medicamentos e
analgésicos não conseguem dar cabo.
São as dores que
nascem na alma, e que, naturalmente, lá permanecem, aguardando seu processo de
cura.
Embora nos utilizando
de um corpo físico, somos, em essência, seres espirituais.
Dessa forma, é
natural que algumas aflições e dificuldades sejam próprias da alma, pois é ela
a sede e origem de nossas emoções, que apenas tem no corpo físico sua
exteriorização, porém não sua matriz.
Mágoa, desilusão,
raiva, intolerância e tantos outros são sentimentos-dores, que surgem em nossa
alma, convidando-nos ao reparo e à cura.
Provocando
distonias na intimidade de nosso mundo emocional, desde que não são coerentes
com nossa essência divina, geram estados de graves perturbações se não tratados
e extirpados da alma.
Assim, toda vez que
algum desses sentimentos-dores se aloja em nossa alma, é necessário que
prestemos a devida atenção.
A raiva há longo
tempo alojada, a mágoa alimentada são produtos corrosivos, a minar nossa
disposição, alegria e bom ânimo, quando lhes damos guarida.
Como nos
encontramos em processo de aprendizado, é natural que, nas atribulações e
atritos do cotidiano, surjam essas emoções que provocam distonias.
Não devemos nos
assustar, muito menos negar que dentro de nós ainda haja espaço e acolhimento
para sentimentos e emoções menos nobres.
Porém, ao lhes
perceber a presença, cabe a cada um de nós utilizar dos recursos necessários
para minimizá-los, diminuindo sua influência até que sejam dissolvidos e
eliminados.
Por isso, se a
vingança é a doença, o perdão é a cura. Se a mágoa é a causa da dor, a
compreensão é o remédio que alivia.
Se a raiva nos
perturba, a compaixão nos tranquilizará.
E todos esses
remédios devem ser usados para benefício próprio e melhora íntima, pois o maior
prejudicado por nossas emoções desequilibradas, somos nós mesmos.
Jamais nos
permitamos albergar por longo prazo nossos sentimentos-dores. Fatalmente eles
causarão profundas distonias em nossa alma, exigindo maiores e mais extensos
recursos para a necessária cura.
Portanto, antes que
a melancolia, a depressão, ou outras dificuldades se instalem em nossa alma,
renovemos nossa paisagem íntima.
Todo esforço que
empregarmos nesse sentido será investimento na própria saúde espiritual. Também
amadurecimento para outros embates que virão, no processo natural de
aprendizado e aperfeiçoamento da alma.
Meditemos a
respeito e procedamos aos ajustes dos nossos sentimentos e emoções,
amoldando-nos à lei de amor, para nossa própria saúde e felicidade.
Redação do Momento Espírita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário