Quero ser o rio e não o que leva a correnteza, pois quero ser a origem e não a conseqüência.


Quero ser o que vai e não o que vem, para antes de ser a esperança no sorriso de quem chega, ser a fé na lágrima de quem parte.
Quero antes de ser múltiplo ser único, para antes de me conformar com a perpetuidade da luta não esquecer de lutar pela sobrevivência.
Quero ser o que me proponho a ser e não o que gostaria de ser,pois assim, ainda me bastará não me tornar o que definitivamente não sou.

Quero ser a pergunta e não a resposta, pra nunca perder a sede de aprender e a humildade de reconhecer meu mais absoluto despreparo como ser humano.
Só não quero escolher entre ser o antes e o depois, pois como Deus, não teria esse delicioso e inesgotável prazer de não ter direito a escolha, mesmo a errada, essa que tenho feito nos momentos mais delicados de minha vida mas da qual, não me passa pela cabeça qualquer arrependimento. Ou passa?
Quero ser isso e não aquilo e depois aquilo e não isso para, conhecendo os dois lados da face da moeda, saber o que me caberá quando ela for lançada no espaço e não depois que ela cair no chão.
Quero viver e morrer e renascer de novo para entender que tudo que fiz é conseqüente e que com o tempo me devolverei à origem de tudo, para poder ser parte integrante da célula inteligente, responsável por tudo aquilo que de mim nascerá pelos milênios e milênios que jamais deixarão de vir.
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